terça-feira, 28 de dezembro de 2010

[Apps].WWF – Uma extensão amiga do ambiente

As preocupações ambientais têm de estar na nossa mente todos os dias. Todos os que trabalham ou lidam diariamente com tecnologia têm de ter esta preocupação. Consumos de energia elevados pelas máquinas e consumo de papel e toners das impressões são apenas alguns exemplos com que temos de lidar todos os dias.

Existem muitas formas de pouparmos o planeta e estarmos mais adequados ao que é um consumo equilibrado e consciente. A WWF, World Wildlife Fund, uma das maiores organizações de defesa ambiental resolveu dar-nos uma ajuda ao criar um formato de ficheiro que não é imprimível. Baseou-se no PDF e conseguiu assim tornar-nos mais amigos do ambiente.


Este novo formato permite criarem documentos, com a particularidade de estes não serem imprimíveis. Este não é ainda um formato completamente adoptado pela indústria mas depende apenas de nós alargar a sua utilização.

A sua forma de utilização é extremamente simples. Basta que instalem o software disponibilizado em SaveAsWWF.com e que comecem a distribuir os vossos ficheiros de texto neste formato. O software disponível cria uma impressora virtual, pelo que podem usá-lo em qualquer aplicação que tenha capacidade de imprimir. É esta a forma de criarem (ou gravarem) os vossos ficheiros.

Como referido antes, este novo formato é em tudo igual ao PDF e inclusive a aplicação da WWF cria uma associação dessa nova extensão ao visualizador de PDF’s que estiver definido no nosso computador.

Toda e qualquer pessoa que receba um ficheiro neste novo formato, e que não tenha o software da WWF instalado, pode simplesmente alterar a extensão para PDF e conseguirá visualizar o conteúdo do ficheiro.

Ao abrirem o documento no vosso editor/visualizador de PDF’s vão com certeza reparar que a opção de impressão não está disponível e assim não podem efectuar uma das acções que mais consome papel. É completamente desnecessário, apenas consome árvores que o nosso planeta necessita e poupa o ambiente.

Mesmo que alterem a extensão para PDF a opção de impressão estará desabilitada. Continuam assim a poupar o ambiente.

Por agora apenas são suportados dois sistemas operativos. Windows e Mac são os dois que podem usar esta extensão para poupar um pouco a natureza e o planeta.

Deixamos abaixo um pequeno vídeo para vos ajudar a pensar um pouco no quanto devem poupar e quanto devem fazer mais para que as gerações vindouras tenham um pouco de planeta para poderem viver as suas vidas sem terem de estar a pensar em como sobreviver.






Poupar o planeta não custa muito, apesar de haver ainda muito a ser feito. Pequenos gestos vão ter muito impacto e medidas como a que apresentamos hoje vão com certeza ajudar. Temos todos de poupar o ambiente e ser conscienciosos na forma de gastar os recursos que ainda nos restam. Precisamos de poupar hoje para termos amanhã.

Abracem esta ideia e divulguem-na para que todos possamos contribuir, mesmo que seja sem darmos por isso!

Licença: Freeware
Sistemas Operativos: Windows (XP ou posterior)/ Mac OS X 10.4+
Download Windows: SaveAsWWF [6.68MB]
Download Mac: SaveAsWWF [3.86MB]
Homepage: SaveAsWWF

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

[Info]LAN, MAN, WAN, PAN, SAN … Sabe a diferença?

Todos nós já ouvimos falar certamente em redes de comunicação (também designadas de redes informáticas ou redes de dados). Uma “rede” (na área da informática), é definida como um conjunto de equipamentos interligados entre si, e que permitem o transporte e troca de vários tipos de informação entre utilizadores e sistemas.

Na hora de classificar uma rede qual o critério a usar?

redes_00

Segundo o mítico livro “Engenharia de Redes Informáticas” (um must-have para qualquer aluno de Eng. Informática) dos autores Edmundo Monteiro e Fernando Boavida, uma rede de comunicação pode ser classificada segundo um ou mais critérios. Podemos classificar as redes de acordo com o/a:

  • débito (baixo, médio, alto, muito alto)
  • topologia (bus, anel, estrela, híbrida)
  • meios físicos (cobre, fibra óptica, micro-ondas, infravermelhos…)
  • tecnologia de suporte (comutação de pacotes, comutação de circuitos, assíncronas, plesiócronas, síncronas, etc)
  • ou segundo o ambiente ao qual se destinam (redes de escritório, redes industriais, redes militares, redes de sensores, etc)

No entanto, a classificação mais frequente baseia-se na área – geográfica ou organizacional e aí entram os termos que normalmente ouvimos: LAN, MAN, WAN, PAN…etc. Vamos então passar a explicação simples de algumas definições mais comuns:

LAN (Local Area Networks) – também designadas de redes locais, são o tipo de redes mais comuns uma vez que permitem interligar computadores, servidores e outros equipamentos de rede, numa área geográfica limitada (ex. sala de aula, casa, espaço Internet, etc).

lan_00

MAN (Metropolitan Area Networks) – permitem a interligação de redes e equipamentos numa área metropolitana (ex. locais situados em diversos pontos de uma cidade).

man

WAN (Wide Area Netwoks) – permitem a interligação de redes locais, metropolitanas e equipamentos de rede, numa grande área geográfica (ex. país, continente, etc).

wan_00

PAN (Personal Area Networks) – também designadas de redes de área pessoal, são redes que usam tecnologias de rede sem fios para interligar os mais variados dispositivos (computadores, smartphones, etc) numa área muito reduzida. Exemplo de uma rede ad-hoc:

panSAN (Storage Area Networks) – também designadas de redes de armazenamento, têm como objectivo a interligação entre vários computadores e dispositivos de storage (armazenamento) numa área limitada. Considerando que é fundamental que estas redes têm grandes débitos (rápido acesso à informação), utilizam tecnologias como por exemplo Fiber Channel.

SAN_00

Considerações finais

As redes de comunicação são nos dia de hoje infra-estruturas essenciais à comunicação, investigação, desenvolvimento, partilha e vida quotidiana. As pessoas cada vez mais dependem das mesmas para o desenvolvimento das mais diversas actividades profissionais ou de lazer.

[Info]Redes – Sabe o que são endereços físicos e endereços lógicos?

No mundo das redes informáticas existem muitos termos e conceitos. Ao longo de alguns artigos que temos publicado no pplware, temos tentado explicar alguns desses termos/conceitos por forma a que os nossos leitores estejam mais contextualizados com a área das redes de dados.

Hoje o desafio é tentar explicar-vos o que são endereços físicos e o que são endereços lógicos.

mac_ip2

Relativamente à questão colocada neste artigo, a resposta é bastante simples. No âmbito das redes informáticas, quando falamos em endereço físico estamo-nos a referir ao endereço MAC (associado por exemplo a uma placa de rede) e quando falamos em endereço lógico é o endereço IP (configurado na placa de rede).

Endereços físicos

O endereço MAC (Media Access Control) é definido como sendo um endereço físico de uma placa de rede, e é composto por 48 bits (12 caracteres hexadecimais). Os primeiros seis caracteres identificam o fabricante (ex. Intel, surecom, broadcom, etc) e os restantes seis identificam a placa em si. O endereço MAC é único no mundo para cada placa de rede (apesar de existirem ferramentas que possibilitam a alteração do mesmo), e é mantido na memória ROM , sendo posteriormente essa informação copiada para a memória RAM aquando da inicialização da placa. Há várias formas de representar um endereço MAC:

00-22-18-FB-7A-12
0022.18FB.7A12
00:22:18:FB:7A:12

Para poderem visualizar o MAC associado à vossa placa (no Windows) podem aceder às propriedades da mesma e conferirem o campo Physical Address

mac_00

Para quem pretender observar o MAC Address através da linha de comandos do Windows pode escrever: ipconfig /all ou getmac.

Endereços lógicos

Quando falamos em endereços na área das redes, é normal associarmos de imediato ao endereço IP configurado numa placa de rede. O endereço IP (versão 4) é um endereço lógico definido por 32 bits (4 octetos) e identifica um dispositivo numa determinada rede. Os endereços lógicos IPv6 são constituídos por 128 bits, sendo apresentados em 8 grupos de 4 dígitos hexadecimais separados por ‘:’ (por ex. 1234:5678:90AB:CDEF:FEDC:BA09:8765:4321).

Relativamente a endereços IP existem os endereços públicos e os endereços privados. A maioria dos endereços IP são públicos, permitindo assim que as nossas redes (ou pelo menos o nosso router que faz fronteira entre a nossa rede e a Internet) estejam acessíveis publicamente através da Internet, a partir de qualquer lado.
Os endereços IP representam-se da seguinte forma:

192.168.10.1
2.83.6.2
10.10.10.1

Para poderem visualizar o IP associado à vossa placa (no Windows) podem aceder às propriedades da mesma e conferirem o campo IPv4 Address ou já na versão 6 do protocolo IP IPv6 Address.

ip_00

Para quem pretender observar o endereço IP através da linha de comandos do Windows pode escrever: ipconfig

O endereço IP funciona na camada 3 (camada de rede) no modelo OSI, enquanto o MacAddress funciona na camada 2 (camada de ligação), no modelo OSI. Para quem quiser saber mais sobre o modelo OSI pode dar uma vista de olhos no nosso artigo Sabe o que é o modelo OSI?

Em Resumo…

Aproveitando aquilo que já foi referido, quando falamos em endereços físicos estamo-nos a referir ao endereço MAC. Por outro lado, o endereço lógico é o endereço IP configurado numa placa de rede.

[Info]Endereçamento IP – Quando configurar o gateway?

gw_00

A questão fundamental deste artigo é: Quando devo eu configurar um (endereço) gateway?

De forma muito simples e objectiva podemos dizer o seguinte: Só necessitamos de configurar um endereço gateway quando pretendemos comunicar com equipamentos fora da nossa rede ou sub-rede (ex. Internet). Quando refiro rede, não me refiro à rede física (infraestrutura) mas sim ao conjunto de equipamentos que estão dentro da mesma rede lógica. Digamos que o endereço gateway, é a porta de saída para outra rede.

Vamos a dois exemplos muito simples para se tentar perceber melhor esta questão.

EXEMPLO 1PC’s na mesma rede lógica

Como podemos ver e confirmar pela imagem seguinte, todos os PC’s encontram-se na mesma rede lógica (rede: 192.168.1.0/24, onde podemos ter a operar 254 equipamentos ). Neste caso, não existe a necessidade de configurar um gateway já que todos os equipamentos encontram-se todos na mesma rede e não necessitam de comunicar com outros PC’s de outras redes (ex. Internet ou por exemplo uma outra rede tipo: 192.168.2.0/24).

gw_01

EXEMPLO 2COMUNICAÇÃO ENTRE REDES

No exemplo seguinte, já existe a necessidade de configurar o gateway nos PCs da rede interna, para que estes possam comunicar com o exterior (Internet). Como podem verificar pela imagem, o endereço gateway configurado nos PC’s é o endereço associado à interface interna do router. Neste caso, o router é a “porta de saída” para outra rede (neste caso a Internet). Como boa prática no mundo das redes, o endereço gateway é deve ser o primeiro ou o último de uma rede/sub-rede. Neste exemplo, o endereço é o 192.168.1.254 que é o último endereço da rede 192.168.1.0/24 (Para quem não se lembra do /24, pode dar uma vista de olhos aqui) .

gw_02

[Info]Redes – Sabe o que é o modelo OSI?

osi_000


Há uns bons anos atrás, cada fabricante tinha as suas tecnologias, topologias, protocolos e então havia problemas na interoperabilidade entre equipamentos. Com o evoluir da tecnologia, os fabricantes de equipamentos chegaram a conclusão que o caminho a seguir se deveria basear em normas (standards).

Das muitas organizações ligadas a normalização destacam-se o IEEE (Institution of Electrical and Electronics Engineers) , ISO (International Organization for Standardization) e ITU (International Telecommunication Union).

O Modelo OSI (criado em 1970 e formalizado em 1983) é um modelo de referência da ISO que tinha com principal objectivo ser um modelo standard, para protocolos de comunicação entre os mais diversos sistemas, e assim garantir a comunicação end-to-end.

O modelo é composto por 7 camadas, em que cada camada realizada funções específicas.

Camadas do modelo OSI
  • Aplicação (Application)
  • Apresentação (Presentation)
  • Sessão (Session)
  • Transporte (Transport)
  • Rede (Network)
  • Dados (Data Link)
  • Física (Physical)

osi_00

Principais funções de cada camada
  • Aplicação (Application)
    • Fornece serviços às aplicações do utilizador.
  • Apresentação (Presentation)
    • Encriptação e compressão de dados.
    • Assegura a compatibilidade entre camadas de aplicação de sistemas diferentes
  • Sessão (Session)
    • Controla (estabelece, faz a gestão e termina), as sessões entre aplicações.
  • Transporte (Transport)
    • Controle de fluxo de informação, segmentação e controle de erros
  • Rede (Network)
    • Encaminhamento (routing) de pacotes e fragmentação
    • Esquema de endereçamento lógico
  • Dados (Data Link)
    • Controla o acesso ao meio físico de transmissão.
    • Controlo de erros da camada física
  • Física (Physical)
    • Define as características do meio físico de transmissão da rede, conectores, interfaces, codificação ou modulação de sinais.
Modelo OSI – Protocolos

A seguinte figura, ilustra em que camada funciona um determinado protocolo. Por exemplo, quando falamos a nível de TCP/UDP estamos mais especificamente a falar da camada de transporte.

osi_01

Analogia do modelo OSI com a comunicação via carta

Osi_parallel_port

Vamos então a um exemplo, para ilustrar como tudo isto funciona. Para isso vamos exemplificar como funciona o acesso a uma página Web, através de um browser, e como tudo encaixa no modelo OSI. Vamos começar de cima para baixo (camada de aplicação para camada física)

  • Na camada de aplicação, o browser (aplicação) serve de interface para apresentação da informação ao utilizador. Para este pedido (cliente-> servidor), foi usado o protocolo HTTP
  • O formato dos dados é tratado na camada de apresentação. Os formatos tradicionais da Web incluem HTML, XML, PHP, GIF, JPG, etc. Adicionalmente são usados mecanismos de encriptação e compressão para a apresentação da informação.
  • Na camada de sessão é estabelecida a sessão entre o computador cliente (onde estamos a fazer pedido via browser) e o servidor web (que aloja a página requisitada).
  • O protocolo TCP fornece garantia na entrega de todos os pacotes entre um PC emissor e um PC receptor (neste caso, a entrega de toda a informação da página web do servidor para o cliente). Isso é uma funcionalidade da camada de transporte.
  • Tanto o PC cliente como servidor possuem um endereço lógico (endereço IP neste caso). Isso é uma funcionalidade da camada de rede. Adicionalmente os routers determinam qual o melhor caminho para que os pacotes possam fluir (encaminhamento) entre cliente e servidor web.
  • O endereço IP (endereço lógico) é então “traduzido” para o endereço físico (endereço MAC da placa de rede. Isto é funcionalidade da camada da dados
  • Cabos de cobre, fibra óptica, placas de rede, hubs e outros dispositivos, ajudam na ligação física entre o cliente e o servidor que acontece na camada física.

Para finalizar, e respondendo a questão fundamental que me levou a escrever a este artigo, apenas referenciar as camadas onde operar os 3 equipamentos activos tradicionais de uma rede:

  • HUB funciona a nível da camada 1 (camada física),
  • Switch na camada 2 (camada de dados). Há switchs capazes de funcionar também na camada 3.
  • Router na camada 3 (camada de rede)

[Info]Redes – Como funciona um HUB?

Vamos apresentar as principais especificações de um Hub, o modo de operar numa rede e para facilitar a compreensão, criamos um pequeno vídeo demonstrativo do funcionamento de um Hub.

HUB_00

Ora bem, o HUB (ou concentrador de rede) é um equipamento activo que funciona na camada 1 do modelo OSI (camada física) e tem como principal funcionalidade a interligação entre computadores de uma rede uma vez que possui várias portas RJ45 (ou ISO 8877) fêmea. Quando recebe informação numa determinada porta, o HUB transmite esse informação por todas as outras portas, excepto por aquela que recebeu essa informação (flood), criando assim um único domínio de colisão e diminuindo a performance. Além disso, os Hubs apenas permitem comunicações em simultâneo entre dois pontos, isto é, se tivermos um PC A ligado a porta 1 e outro PC B a porta 2, e estiverem a comunicar entre eles via HUB, se o PC C ligado à porta 3 pretender comunicar com o PC D ligado a porta 4 terá de esperar que termine a ligação entre o PC A e o PC B (a comunicação é estabelecida por fracções de tempo mediante o número de portas do HUB activas).

Exemplo do funcionamento de um Hub

Vamos então a um pequeno exemplo. Para isso montei um simples cenário com 4 PC’s e um único HUB. Os pc’s têm a seguinte configuração (todos têm a mesma máscara: 255.255.255.0 e não têm configurado qualquer gateway pois estão todos na mesma rede)

  • PC A – IP: 192.168.0.1
  • PC B – IP: 192.168.0.2
  • PC C – IP: 192.168.0.3
  • PC D – IP: 192.168.0.4

Para verificar como o HUB se comporta, vamos realizar um ping (recorrer ao protocolo ICMP) entre o PC com o IP: 192.168.0.1 e PC com o IP 192.168.0.2.

O pacote vai partir do PC A (com o nome pplware), vai ao HUB e depois o HUB envia essa informação para todas as suas portas, excepto por aquela que recebeu. O PC (snake) vai responder a esse pedido já que a informação é para si, e todos os outros vão descartar essa informação. Quando a resposta ao pedido chega novamente ao HUB, ele vai fazer exactamente o mesmo (enviar por todas as portas, excepto por aquela que recebeu). Isto acontecerá sempre que haja uma transmissão entre duas máquinas.

Nesse sentido, alguns administradores designam o HUB de um equipamento burro uma vez que este não consegue nem tem funcionalidades para guardar informação relativamente às máquinas (com base no Mac Address) que tem em cada porta, assim como acontece por exemplo nos switchs.



Os Hubs estão em desuso há já algum tempo, no entanto ainda se podem encontrar em algumas grandes superfícies comerciais, e são por norma baratos.

[Info]Redes – Como calcular sub-redes? Parte prática

Depois de termos dado algumas dicas de como proceder ao cálculo de sub-redes no artigo Redes – Como calcular sub-redes?, alguns dos nossos leitores solicitaram que fizéssemos um artigo que explicasse como proceder à configuração das máquinas na prática.

Atendendo a esse pedido, criei um pequeno artigo a explicar o que fazer depois do calculo das sub-redes.

image

Aproveitando o exemplo do outro artigo (ver aqui), obtivemos 8 sub-redes (a partir da rede principal 192.168.1.0/24), e para cada sub-rede conseguimos encaixar 30 máquinas.

sub_13 Considerando por exemplo que pretendem configurar uma máquina na sub-rede 192.168.1.64 devem definir nessa mesma máquina as seguintes configurações:

IP da máquina: um endereço definido entre 192.168.1.65 até 192.168.1.94

Máscara: 255.255.255.224

Depois de termos procedido ao cálculo das sub-redes podemos proceder à configuração das máquinas na prática. Lembramos que para o cenário-exemplo deste artigo não existe qualquer router (para possibilitar a comunicação entre máquinas de sub-redes diferentes), pelo que as máquinas apenas comunicarão entre outras máquinas da mesma sub-rede.sub_11

As configurações de rede podem ser obtidas automaticamente via DHCP (ou seja, existe na rede um servidor de DHCP ou outro equipamento a proceder ao envio das configurações de rede ao cliente) ou podemos proceder nós próprios (manualmente) às configurações. Para o presente exemplo vamos proceder à configuração manual e vamos apenas usar a sub-rede 192.168.1.64 (Para as outras sub-redes o processo é idêntico, sendo apenas necessário mudar o endereço IP que deverá estar de acordo com a sub-rede escolhida, a máscara mantém-se a 255.255.255.224).

Vamos considerar então que temos uma máquina com Windows, outra com Linux e outra com MacOS. As configurações devem estar de acordo com o diagrama seguinte:

sub_18

Como configurar uma máquina com SO Windows?

O resultado final deverá ser idêntico ao que é apresentado na imagem seguinte:

sub_14

Como configurar uma máquina com SO Linux (Ubuntu)?

As configurações de rede no Ubuntu podem ser facilmente definidas através do NetworkManager.

O resultado deverá ser algo do género:

sub_17

Como configurar uma máquina com MacOS?

Em MacOS o utilizador pode proceder à configuração de endereçamento estático no menu Preferências de Sistema –> Redes –> Ethernet.

O resultado deverá ser algo do género:

sub_16

[Info]Redes: Slash 24 (/24) ou 255.255.255.0

Os endereços IP/máscara podem ser apresentados de várias formas. Hoje vamos mostrar como tendo a máscara podemos fazer a mesma notação, recorrendo à slash.

Um endereço IPv4 é formado por 32 bits que é o mesmo que dizermos que possui quatro octetos representados na forma decimal (ex: 192.168.0.1). Uma parte desse endereço indica-nos a rede e a outra parte indica-nos qual a máquina. Para determinarmos que parte do endereço IP identifica a rede e que parte identifica a máquina, teremos de recorrer à máscara de rede (subnet mask ou netmask) associada. Para ser mais fácil produzi o seguinte esquema para ajudar na compreensão.
IP

Considerem que em cada octeto existe uma escala igual à que se encontra na elipse amarela.

Vamos considerar para exemplo a máscara 255.255.255.0. Vamos começar por calcular o primeiro 255. Para tal, olhamos para a elipse amarela e vamos verificar a que valores vamos ter de atribuir 0 ou 1 para obter o valor 255, ou seja, basicamente vamos passar 255 para o valor binário correspondente.

Para 255 é fácil pois teríamos de colocar tudo a 1.

Somando 128+64+32+16+8+4+2+1 termos então o 255.

IP_2

Então podemos considerar que 255.255.255.0 é igual a:

IP_3

Então e como calcular a slash correspondente? (também designada por notação CIDR (Classless Inter-Domain Routing))

Bem, esta parte é ainda mais simples, pois apenas basta contar o número de 1’. Para o caso anterior são 24 (ou seja 8 bits + 8 bits + 8bits)

Então considerando que eu tenho o endereço 192.168.0.1 com a máscara: 255.255.255.0 é igual a dizer que eu tenho 192.168.0.1/24

IP_4Podemos ainda concluir que para o endereço 192.168.0.1 com a máscara 255.255.255.0:

  • A parte que identifica a rede é:: 192.168.0 (3 primeiros octetos)
  • A parte da máquina é o .1 (último octeto)

Considerem agora que a máscara era 255.255.240.0?

IP_5

Imaginem que eu tenho o endereço 172.16.32.1 com a máscara 255.255.240.0 posso simplesmente representar com 172.16.32.1/20

[Info]Redes – Como calcular sub-redes?

Como dividir a rede 192.168.1.0/24 em várias sub – redes?

O cálculo de sub-redes/VLSM (Variable Lenght Subnet Mask) não é um processo difícil, no entanto carece de algum treino e concentração pois no meio de tanto bit podem surgir erros de cálculo.

sub_10

Para começar vamos a alguns conceitos.

Nota: Para este artigo a referência ao protocolo IP é aplicável à versão 4 (IPv4). Se possível, devem ler também o artigo: Redes: Slash 24 (/24) ou 255.255.255.0

Endereço IP – Um endereço IPv4 é formado por 32 bits que é o mesmo que dizermos que possui quatro octetos representados na forma decimal (ex: 192.168.0.1). Uma parte desse endereço indica-nos a rede e a outra parte indica-nos qual a máquina.

Máscara de rede – Para determinarmos que parte do endereço IP identifica a rede e que parte identifica a máquina, teremos de recorrer à máscara de rede (subnet mask ou netmask) associada.

Endereço Broadcast – O endereço broadcast de uma rede/sub-rede é definido como um endereço especial uma vez que permite que uma determinada informação seja enviada para todas as máquinas de uma rede/subrede. Este é sempre o último endereço possível de uma rede/sub-rede.

Para explicar como proceder à divisão de uma rede em várias sub-redes vamos a um exemplo para que sejam mais fácil a explicação:

Problema: Vamos considerar que pretendem organizar uma LAN Party e querem criar 6 sub-redes. Como requisito, cada uma das sub-redes deverá suportar 30 hosts (máquinas). A vossa rede principal é 192.168.1.0/24 e tem suporte para 254 hosts. Como proceder a essa divisão?

CENÁRIO/OBJECTIVO

sub_09

Para começar vamos recordar quais os requisitos:

  • Cada sub-rede deve ter suporte para pelo menos 30 hosts;
  • No mínimo devemos ter 6 sub-redes;

Antes de proceder aos cálculos, vamos verificar se é possível satisfazer tais requisitos.

Ora se a minha rede principal suporta 254 máquinas então 30 (PC’s) x 6 (sub-redes) = 180, logo será possível satisfazer o pedido. Foi também tido em conta que serão “perdidos” dois endereços por cada sub-rede: o endereço de sub-rede que identificará essa sub-rede e o endereço de broadcast de casa sub-rede.

Dando prioridade à exigência a nível de PC’s, vamos considerar o diagrama seguinte e responder à seguinte questão: Em que número da elipse amarela conseguiriam encaixar 32 PC’s (30 é o números de PCs + 1 que é o endereço para a sub-rede e +1 endereço de broadcast, que dá um total de 32). Ora têm 3 possibilidades: no 128, 64 ou 32. No entanto, a escolha deverá recair sobre 32 por ser o número mais próximo (neste exemplo até é igual) do solicitado.

sub_02 Sabendo que a escolha é então 32 podemos então rapidamente afirmar que as sub-rede distam 32 endereços umas das outras e que podemos variar 3 bits.

sub_03

Além disso vamos também ter de alterar a mascara da rede principal e ajustar às sub-redes. Como a máscara original é /24 (255.255.255.0) e como agora passamos a ter mais sub-redes e menos endereços disponíveis por cada sub-rede, então a máscara terá de avançar para a frente no último octeto. Como estamos a usar mais 3 bits do último octeto, basta efectuar a soma o peso dos mesmos (128+64+32 = 224). Então a nova máscara a aplicar às novas sub-redes será: 255.255.255.224 (/27).

sub_04

Considerando a rede principal, após a sua divisão em sub-redes com 30 hosts cada temos algo do tipo:

sub_07

Nesta fase já temos todas as informações para responder à pergunta inicial. Para isso elaborei um pequeno quadro:

sub_12

Alguns truques:

  • Começar por preencher todas as linhas associadas ao endereço de sub-rede. Desta forma sabemos sempre que o endereço broadcast da linha anterior é esse endereço-1.
  • Depois de saber o broadcast sabemos também que o último endereço válido é o endereço broadcast –1.
  • O primeiro endereço de rede, é sempre a soma de +1 ao endereço de sub-rede.

Como podemos verificar, o resultado foram mais de 6 sub-redes mas conseguimos cumprir o requisitos de 30 hosts por rede. Das 8 redes agora basta usarem 6.

Considerações finais

Existem muitas técnicas e aplicações para cálculo de sub-redes. Esta é uma técnica que costumo usar nas aulas e que tem dado bons resultados. Espero que tenham entendido todos os cálculos e acreditem que não foi fácil para mim expor esta informação, tendo apenas a possibilidade de a escrever. Num quadro (a escrever e a falar) é bem mais fácil !!!. Num próximo artigo vamos tentar explicar um exemplo onde os requisitos a nível de hosts variam de rede para rede.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

[Apps]DVD43 – Faça backup de DVDs com protecção

DVD43 - Protecções de cópia para DVD e as limitações por região ultrapassadas

Certamente que já teve a necessidade, após comprar um DVD, de simplesmente fazer uma cópia do mesmo para não estragar o novo. Até aqui tudo bem, parece simples. No entanto, há DVDs que possuem protecções e no processo de copiar o Windows simplesmente emite um erro na falha da cópia.

O DVD43 dá uma ajuda a ultrapassar esta questão.

dvd4_3

DVD43 é uma pequena aplicação, que depois de instalada e integrada no Windows, permite ignorar as protecções contra cópia CSS nos filmes em DVD.

A aplicação corre automaticamente em background e de forma transparente no Windows, não necessitando qualquer intervenção por parte do utilizador.

DVD43_00

Após inserir o DVD, a aplicação detecta o disco e apresenta um smile verde. Após esta informação, podemos copiar normalmente o conteúdo de um DVD para o disco rígido.

A única limitação deste software, é a impossibilidade de funcionar em sistemas de 64 bits.

Licença: Freeware
Sistemas Operativos: Windows XP/ Vista/ Win7 (32 bits)
Download: DVD43 [555 KB]
Homepage: DVD43